segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Suposto caso de inveja na Literatura


Machado de Assis é considerado por muitos o maior escritor brasileiro. Porém, o que muitos também desconhecem é que Machado não escreveu sempre livros com o estilo de Memórias Póstumas de Brás Cubas ou Quincas Borba, o chamado Realismo, mas sim que, na maior parte da sua vida, ele foi adepto do Romantismo.
Desse período menos conhecido do escritor, saíram diversas obras, que incluem HelenaA Mão e a Luva, etc, todas seguindo o que pregava o Romantismo, estilo por demais idealizador e que seria depois muito criticado pelo próprio Machado de Assis em seus livros realistas. O interessante é notar que o grande Machado que hoje conhecemos não foi sempre assim, pois suas obras românticas são bastante criticadas, sem falar nos seus poemas que são de qualidade duvidosa (para não dizer que são péssimos mesmo).
Mas aí que vem a grande pergunta: o que aconteceu para que o jovem Machado romântico se tornasse o sábio Machado realista? Quem se dedicou a esta questão foi João Cezar de Castro Rocha, crítico e professor de literatura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, o qual formulou uma hipótese afirmando que Machado, na verdade, fez uma “poética de emulação”.
Emular é imitar, rivalizar com algo. Quem Machado de Assis “emulou” então? Ora, o grande realista português Eça de Queirós (que alguns brasileiros preferem ainda mais que o próprio Machado).

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